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Comumente citado como lição de liderança e empreendedorismo, o filme "a fuga das galinhas", visto com outros olhos, acaba por nos remeter a um problema cotidiano nas corporações: a comunicação.
Linguagem excessivamente técnica, trocadilhos baratos, ambiguidade e
mal-entendidos constantes tecem esta emocionante aventura de algumas
pobres criaturas às voltas com um iminente "galinacídio".
Em
princípio, a noção de valores abordada de maneira incorreta na conversa
entre Ginger, a líder da conspiração para a fuga, e os ratos Nick e
Fetcher, fornecedores especializados em bugigangas, em que esta se
recusa a fornecer ovos como pagamento pelas ferramentas necessárias aos
seus planos mirabolantes, por eles serem "muito valiosos".
A
partir daí seu poder de negociação se mostra um verdadeiro fracasso além
de que os detalhes de seus planos são transmitidos de maneira muito
técnica, dificultando o entendimento por suas interlocutoras, simples
poedeiras, e impedindo seu engajamento nos projetos.
Entretanto, a
chegada do falastrão Rocky, o galo voador, que fala exatamente o que os
outros querem ouvir, muda o cenário e toda a "motivação" das candidatas
a fugitivas que, a partir de um "árduo" treinamento, se preparam para
"voar", sem se dar conta de que isso é tecnicamente impossível para
elas.
A situação se agrava ainda mais quando descobrem que seu
futuro é o inevitável fim como recheio de torta. Diante desse evento,
seu empenho redobra mas desta vez, contando com "novos conhecimentos de
comunicação" adquiridos da convivência com Rocky, Ginger convence suas
colegas a montarem um "objeto voador" que, enfim, lhes garante a
liberdade.
Agora, pare para pensar! Quantas vezes situações como
estas aconteceram com sua equipe? Será que está faltanto um "Rocky" para
ajustar o foco da conversa?
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