Logística, redução de custo, valorização da marca, controle de qualidade e elasticidade-preço da demanda são os príncipais tópicos abordados no quase documentário "American Gangster".
À primeira vista, o filme realça, de forma bem arranjada, a dualidade
simbiótica entre o bem e o mal, o bandido e o mocinho. Entretanto, se
observarmos mais de perto, veremos conceitos de administração e economia
muito bem elaborados.
De um lado, Frank Lucas, que se aproveita
da morte de seu chefe e padrinho, um poderoso criminoso do Harlem, para
assumir os negócios enquanto seus supostos concorrentes se digladiam por
migalhas.
Atravessando todo o "sistema", Lucas vai direto ao
principal fornecedor de heroína em plena guerra do Vietnã e compra uma
grande quantidade da droga. O transporte da mercadoria é feito por uma
rede montada dentro da força aérea americana. Com, isso, além de reduzir
drásticamente custos e atravessadores, também oferece "produtos" de
inquestionável qualidade.
Por vezes recorrendo ao uso de brutal violência, Lucas torna-se o mais poderoso e blindado gangster americano.
Em
contrapartida, Richie Roberts, um policial honesto, passa a ser seu
único concorrente com o claro objetivo de encerrar as atividades
criminosas de Lucas. Sem ter como montar uma equipe confiável, por conta
da corrupção que o cerca, Roberts improvisa um grupo que, com muita
astúcia, consegue identificar e prender o poderoso chefão do Harlem que
está lhe tirando o sossego.
Sem alternativas mas provando ser um
grande negociador, Lucas avalia o custo da oportunidade e entrega todo o
esquema de seu "empreendimento" a Roberts, que, em contra-partida,
torna-se seu advogado.
Querendo ou não, é uma obra de arte que expõe de maneira clara e objetiva boa parte dos conceitos do capitalismo.
Um cantinho aconchegante para distribuição e compartilhamento de ideias e conceitos.
terça-feira, 9 de abril de 2013
Os problemas de comunicação na "Fuga das Galinhas"
sydneyoliveira.xpg.com.br
Comumente citado como lição de liderança e empreendedorismo, o filme "a fuga das galinhas", visto com outros olhos, acaba por nos remeter a um problema cotidiano nas corporações: a comunicação.
Linguagem excessivamente técnica, trocadilhos baratos, ambiguidade e mal-entendidos constantes tecem esta emocionante aventura de algumas pobres criaturas às voltas com um iminente "galinacídio".
Em princípio, a noção de valores abordada de maneira incorreta na conversa entre Ginger, a líder da conspiração para a fuga, e os ratos Nick e Fetcher, fornecedores especializados em bugigangas, em que esta se recusa a fornecer ovos como pagamento pelas ferramentas necessárias aos seus planos mirabolantes, por eles serem "muito valiosos".
A partir daí seu poder de negociação se mostra um verdadeiro fracasso além de que os detalhes de seus planos são transmitidos de maneira muito técnica, dificultando o entendimento por suas interlocutoras, simples poedeiras, e impedindo seu engajamento nos projetos.
Entretanto, a chegada do falastrão Rocky, o galo voador, que fala exatamente o que os outros querem ouvir, muda o cenário e toda a "motivação" das candidatas a fugitivas que, a partir de um "árduo" treinamento, se preparam para "voar", sem se dar conta de que isso é tecnicamente impossível para elas.
A situação se agrava ainda mais quando descobrem que seu futuro é o inevitável fim como recheio de torta. Diante desse evento, seu empenho redobra mas desta vez, contando com "novos conhecimentos de comunicação" adquiridos da convivência com Rocky, Ginger convence suas colegas a montarem um "objeto voador" que, enfim, lhes garante a liberdade.
Agora, pare para pensar! Quantas vezes situações como estas aconteceram com sua equipe? Será que está faltanto um "Rocky" para ajustar o foco da conversa?
Comumente citado como lição de liderança e empreendedorismo, o filme "a fuga das galinhas", visto com outros olhos, acaba por nos remeter a um problema cotidiano nas corporações: a comunicação.
Linguagem excessivamente técnica, trocadilhos baratos, ambiguidade e mal-entendidos constantes tecem esta emocionante aventura de algumas pobres criaturas às voltas com um iminente "galinacídio".
Em princípio, a noção de valores abordada de maneira incorreta na conversa entre Ginger, a líder da conspiração para a fuga, e os ratos Nick e Fetcher, fornecedores especializados em bugigangas, em que esta se recusa a fornecer ovos como pagamento pelas ferramentas necessárias aos seus planos mirabolantes, por eles serem "muito valiosos".
A partir daí seu poder de negociação se mostra um verdadeiro fracasso além de que os detalhes de seus planos são transmitidos de maneira muito técnica, dificultando o entendimento por suas interlocutoras, simples poedeiras, e impedindo seu engajamento nos projetos.
Entretanto, a chegada do falastrão Rocky, o galo voador, que fala exatamente o que os outros querem ouvir, muda o cenário e toda a "motivação" das candidatas a fugitivas que, a partir de um "árduo" treinamento, se preparam para "voar", sem se dar conta de que isso é tecnicamente impossível para elas.
A situação se agrava ainda mais quando descobrem que seu futuro é o inevitável fim como recheio de torta. Diante desse evento, seu empenho redobra mas desta vez, contando com "novos conhecimentos de comunicação" adquiridos da convivência com Rocky, Ginger convence suas colegas a montarem um "objeto voador" que, enfim, lhes garante a liberdade.
Agora, pare para pensar! Quantas vezes situações como estas aconteceram com sua equipe? Será que está faltanto um "Rocky" para ajustar o foco da conversa?
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